RESUMO Objetivo. Identificar pesquisas que incluíram perguntas sobre deficiência realizadas no período de 2020-2021 da pandemia de COVID-19 e, a partir dessa informação, determinar as ações em saúde, educação e assistência social empreendidas nos países da América Latina e do Caribe e que incluíram explicitamente pessoas com deficiência. Métodos. Documentação obtida dos institutos nacionais de estatística dos países da Região, da plataforma Socioeconomic Impact Assessment (avaliação do impacto socioeconômico) e de sites de organismos internacionais (como Banco Mundial, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) foi analisada com o objetivo de identificar as pesquisas nacionais ou regionais realizadas em 2020 e no primeiro semestre de 2021. Também foi realizada uma pesquisa documental da regulamentação para ações em saúde, educação e assistência social destinadas a enfrentar a pandemia de COVID-19, com vistas a identificar a menção explícita de pessoas com deficiência. Resultados. Vinte e três países da América Latina e do Caribe fizeram a coleta de dados estatísticos em pesquisas realizadas no período 2020-2021. Apenas quatro países incluíram perguntas sobre deficiência em pesquisas nacionais: Colômbia, Costa Rica, México e Peru. Apesar de ter havido pesquisas direcionadas para pessoas com deficiência, a Região em geral carece de dados relativos à situação dessa população na pandemia. Somente 10 países empreenderam ações em saúde com a inclusão explícita de pessoas com deficiência, 12 em educação e 13 em assistência social. Conclusões. A falta de dados sobre a situação das pessoas com deficiência nos países da América Latina e do Caribe durante a pandemia de COVID-19 demonstra a invisibilidade deste segmento populacional nos processos de coleta de dados. Como resultado, um número reduzido de países incluiu explicitamente as pessoas com deficiência nas políticas implementadas para o enfrentamento da pandemia.

ABSTRACT Objective. To identify surveys that included questions about disability during the COVID-19 pandemic, in the period 2020–2021; and based on this, to determine what actions the countries of Latin America and the Caribbean implemented in the areas of education, health, and social protection that explicitly included the population with disabilities. Methods. Documents from the national statistics institutes of the countries of the region were reviewed, as well as the Socioeconomic Impact Assessment platform and webpages of international institutions such as the World Bank, the United Nations Development Program, and the Economic Commission for Latin America and the Caribbean, seeking to identify national or regional surveys implemented during 2020 and the first half of 2021. Additionally, a documentary analysis was conducted of the measures implemented in the health, education, and social protection sectors in response to the COVID-19 pandemic. These documents were studied to determine whether the population with disabilities was explicitly mentioned. Results. Twenty-three countries in Latin America and the Caribbean collected information from statistical surveys during 2020–2021. Of these, only four (Colombia, Costa Rica, Mexico, and Peru) included questions on disability in their national surveys and although some specific surveys were conducted for the population with disabilities, in the region there is a general lack of associated data on this population during the pandemic. Only 10 countries explicitly included the population with disabilities in health measures, 12 in education, and 13 in social protection. Conclusions. The lack of data on the population with disabilities in the countries of Latin America and the Caribbean during the COVID-19 pandemic shows that this population remains invisible in information collection processes. This is associated with the low number of countries that explicitly included the population with disabilities in policies implemented to mitigate the impact of the pandemic.

RESUMEN Objetivo. Identificar las encuestas que incluyeron preguntas sobre discapacidad durante la pandemia por la COVID-19, en el periodo 2020-2021; y a partir de esto, estudiar qué acciones han implementado los países de América Latina y el Caribe en aspectos educativos, de salud y protección social que han incluido explícitamente a la población con discapacidad. Métodos. Se revisaron los documentos de los Institutos Nacionales de Estadística de los países de la región, al igual que la plataforma de Socioeconomic Impact Assessment y páginas de instituciones internacionales como el Banco Mundial, el Programa de las Naciones Unidas para el Desarrollo y la Comisión Económica para América Latina y el Caribe, buscando identificar las encuestas nacionales o regionales implementadas durante el 2020 y primer semestre de 2021. Adicionalmente, se realizó un análisis documental de las normas que implementaron medidas en los sectores de salud, educación y protección social como respuesta a la pandemia por la COVID-19. En estos documentos se buscó identificar si de manera explícita se mencionaba a la población con discapacidad. Resultados. De los países de América Latina y el Caribe, 23 recolectaron información estadística tipo encuesta durante el 2020 -2021. De estos, tan solo cuatro (Colombia, Costa Rica, Perú y México) incluyeron preguntas de discapacidad dentro de las encuestas nacionales y aunque se realizaron algunas encuestas específicas para la población con discapacidad, en general, en la región existe una falta de datos asociados de esta población durante la pandemia. Solo diez incluyeron explícitamente a la población con discapacidad en las medidas de salud, doce en educación y trece en protección social Conclusiones. La falta de datos sobre la población con discapacidad en los países de América Latina y el Caribe durante la pandemia por la COVID-19, muestra que esta población está invisibilizada dentro de los procesos de recolección de información, lo cual se asocia con el bajo número de países que implementaron políticas para mitigar el impacto de la pandemia que explícitamente incluyeron a la población con discapacidad.

Resumen Objetivo: Analizar la asociación entre la infraestructura de los sistemas de abastecimiento rurales de Boyacá y la calidad del agua de consumo humano distribuida durante el año 2016. Materiales y métodos: Análisis observacional retrospectivo de datos secundarios de variables independientes en infraestructura de 288 sistemas de abastecimiento rurales, empleando estadísticos descriptivos, bivariados y multivariados, en relación con variable dependiente de calidad de agua de consumo humano nombrada CAT. Resultados: no contar con un sistema de tratamiento reduce en 0,2 (IC 95% 0,05 - 0,72) los chances de cumplir con CAT en comparación con tener un tratamiento. Así mismo, si un acueducto controla la eficiencia de los procesos de potabilización se incrementan en 4,2 (IC 95% 1,16 - 15,25) chances de no superar CAT, en comparación con los sistemas que no realizan esta actividad operativa. Conclusión: El abastecimiento de agua no segura en las áreas rurales de Boyacá se asocia con la falta de infraestructura de potabilización y el control de la eficiencia de las unidades de potabilización como actividad rutinaria operativa. Estas variables se relacionan con la presencia de Escherichia coli y coliformes en el agua de consumo de estas comunidades.

Abstract Objective: To analyze the association between the infrastructure of rural supply systems of Boyacá and the quality of water for human consumption distributed during 2016. Materials and methods: Retrospective descriptive analysis of secondary data of independent variables in infrastructure of 288 rural supply systems, using descriptive, bivariate and multivariate statistics in relation to the dependent variable of water quality for human consumption named CAT. Results: not having a treatment system reduces in 0.2 (95% CI 0.05 - 0.72) the chances of complying with CAT compared to having a treatment. Likewise, if an aqueduct controls the efficiency of the purification processes, they increase in 4.2 (95% CI 1.16 - 15.25) chances of not exceeding CAT, in comparison with systems that do not perform this operational activity. Conclusion: The unsafe water supply in the rural areas of Boyacá is associated with the lack of potable water infrastructure and the control of the efficiency of the purification units as a routine operational activity. These variables are related to the presence of Escherichia coli and coliforms in the drinking water of these communities.

Resumo: O estudo teve como objetivos identificar os principais determinantes da autopercepção da saúde entre indivíduos com 60 anos ou mais em Bogotá, Colômbia, e averiguar se esses determinantes variam entre grupos. A fonte de dados foi a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde de 2011, para a cidade de Bogotá. Foram estimados modelos de regressão logística para identificar os determinantes da autopercepção da saúde excelente/boa entre pessoas com 60 anos de idade ou mais, residindo em Bogotá. Além disso, foi realizada uma análise de subgrupos com o objetivo de identificar se os determinantes mudaram entre os grupos (homens, mulheres, pessoas com deficiência, com doenças crônicas e pessoas vivendo simultaneamente com deficiência e com doenças crônicas). A probabilidade de relatar autopercepção da saúde excelente/boa diminui quando a pessoa é portadora de deficiência ou doença crônica ou quando a renda domiciliar é insuficiente para atender as necessidades básicas. Enquanto isso, as chances de relatar autopercepção da saúde excelente/boa aumentam quando a pessoa tem maior escolaridade e recebe apoio da família. A análise de subgrupos revelou que, embora alguns determinantes só estejam associados a um grupo (idade e doenças crônicas), de maneira geral, três principais determinantes foram importantes: anos de ensino, condição socioeconômica e apoio familiar. Os determinantes da autopercepção da saúde em idosos residentes em Bogotá variam de acordo com a presença ou ausência de deficiência e doenças crônicas. Portanto, as políticas públicas que procuram melhorar os níveis de saúde e qualidade de vida devem considerar os efeitos dessas características sobre a percepção dos indivíduos em relação à própria saúde.

Abstract: Our study aimed to identify the main determinants of self-rated health for individuals aged 60 years or older in Bogotá, Colombia, and if those determinants vary between groups. Data was obtained from the Demographic Health Survey 2011 for Bogotá. Logistic regression models were estimated to identify the determinants of excellent/good self-rated health among people aged 60 years or older living in Bogotá. Moreover, a subgroup analysis was conducted seeking to identify if the determinants changed between groups (men, women, persons with disability, with chronic disease(s), and persons with both disability and chronic disease(s)). The likelihood of reporting an excellent/good self-rated health health decreases when the individual has a disability, a chronic disease or reports that their household income is not enough to cover the basic needs. On the other hand, the odds of reporting excellent/good self-rated health increase when the individual is more educated and reports to receive family support. The subgroup analysis showed that although some determinants are only associated with one group (age with chronic diseases), in general, three main determinants stood out: years of education, socioeconomic status variables and receiving family support. The determinants of self-rated health for older adults in Bogotá differ according to the disability and the chronic disease status. Thus, public policies aiming to improve the levels of health and quality must consider the impacts of those characteristics on individuals’ perceptions of their own health.

Resumen: El objetivo fue identificar los determinantes principales de salud autoevaluada en individuos con edades comprendidas entre los 60 años o más en Bogotá, Colombia y si esos determinantes varían entre grupos. Los datos se recabaron de la Encuesta Demográfica sobre Salud de 2011 en Bogotá. Los modelos de regresión logística se estimaron para identificar los determinantes de una excelente/buena salud autoevaluada entre personas con 60 años o mayores, viviendo en Bogotá. Asimismo, se realizó un análisis subgrupo, con el fin de identificar si los determinantes cambiaron entre grupos (hombres, mujeres, personas con discapacidad, con enfermedades crónicas, y personas viviendo con discapacidad y enfermedades crónicas. La probabilidad de informar de una excelente/buena salud autoevaluada decrece cuando la persona sufre una discapacidad, una enfermedad crónica o informa que sus ingresos no son suficientes para cubrir las necesidades básicas. En cambio, las probabilidades de informar sobre una excelente/buena salud autoevaluada se incrementan cuando la persona tiene más formación educacional e informa recibir apoyo familiar. El subgrupo de análisis revela que pese a que algunos determinantes están sólo asociados a un grupo (edad con enfermedades crónicas), en general, fueron importantes tres determinantes: años de educación, variables status socieconómico y recibir apoyo familiar. Los determinantes de salud autoevaluada para las personas mayores en Bogotá varían, dependiendo de la discapacidad y estatus de las enfermedades crónicas. Por tanto, las políticas públicas con el fin de mejorar los niveles de salud y calidad deben considerar los efectos de aquellas características sobre las percepciones individuales de su propia salud.

Resumo: O estudo teve como objetivos identificar os principais determinantes da autopercepção da saúde entre indivíduos com 60 anos ou mais em Bogotá, Colômbia, e averiguar se esses determinantes variam entre grupos. A fonte de dados foi a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde de 2011, para a cidade de Bogotá. Foram estimados modelos de regressão logística para identificar os determinantes da autopercepção da saúde excelente/boa entre pessoas com 60 anos de idade ou mais, residindo em Bogotá. Além disso, foi realizada uma análise de subgrupos com o objetivo de identificar se os determinantes mudaram entre os grupos (homens, mulheres, pessoas com deficiência, com doenças crônicas e pessoas vivendo simultaneamente com deficiência e com doenças crônicas). A probabilidade de relatar autopercepção da saúde excelente/boa diminui quando a pessoa é portadora de deficiência ou doença crônica ou quando a renda domiciliar é insuficiente para atender as necessidades básicas. Enquanto isso, as chances de relatar autopercepção da saúde excelente/boa aumentam quando a pessoa tem maior escolaridade e recebe apoio da família. A análise de subgrupos revelou que, embora alguns determinantes só estejam associados a um grupo (idade e doenças crônicas), de maneira geral, três principais determinantes foram importantes: anos de ensino, condição socioeconômica e apoio familiar. Os determinantes da autopercepção da saúde em idosos residentes em Bogotá variam de acordo com a presença ou ausência de deficiência e doenças crônicas. Portanto, as políticas públicas que procuram melhorar os níveis de saúde e qualidade de vida devem considerar os efeitos dessas características sobre a percepção dos indivíduos em relação à própria saúde.

Abstract: Our study aimed to identify the main determinants of self-rated health for individuals aged 60 years or older in Bogotá, Colombia, and if those determinants vary between groups. Data was obtained from the Demographic Health Survey 2011 for Bogotá. Logistic regression models were estimated to identify the determinants of excellent/good self-rated health among people aged 60 years or older living in Bogotá. Moreover, a subgroup analysis was conducted seeking to identify if the determinants changed between groups (men, women, persons with disability, with chronic disease(s), and persons with both disability and chronic disease(s)). The likelihood of reporting an excellent/good self-rated health health decreases when the individual has a disability, a chronic disease or reports that their household income is not enough to cover the basic needs. On the other hand, the odds of reporting excellent/good self-rated health increase when the individual is more educated and reports to receive family support. The subgroup analysis showed that although some determinants are only associated with one group (age with chronic diseases), in general, three main determinants stood out: years of education, socioeconomic status variables and receiving family support. The determinants of self-rated health for older adults in Bogotá differ according to the disability and the chronic disease status. Thus, public policies aiming to improve the levels of health and quality must consider the impacts of those characteristics on individuals’ perceptions of their own health.

Resumen: El objetivo fue identificar los determinantes principales de salud autoevaluada en individuos con edades comprendidas entre los 60 años o más en Bogotá, Colombia y si esos determinantes varían entre grupos. Los datos se recabaron de la Encuesta Demográfica sobre Salud de 2011 en Bogotá. Los modelos de regresión logística se estimaron para identificar los determinantes de una excelente/buena salud autoevaluada entre personas con 60 años o mayores, viviendo en Bogotá. Asimismo, se realizó un análisis subgrupo, con el fin de identificar si los determinantes cambiaron entre grupos (hombres, mujeres, personas con discapacidad, con enfermedades crónicas, y personas viviendo con discapacidad y enfermedades crónicas. La probabilidad de informar de una excelente/buena salud autoevaluada decrece cuando la persona sufre una discapacidad, una enfermedad crónica o informa que sus ingresos no son suficientes para cubrir las necesidades básicas. En cambio, las probabilidades de informar sobre una excelente/buena salud autoevaluada se incrementan cuando la persona tiene más formación educacional e informa recibir apoyo familiar. El subgrupo de análisis revela que pese a que algunos determinantes están sólo asociados a un grupo (edad con enfermedades crónicas), en general, fueron importantes tres determinantes: años de educación, variables status socieconómico y recibir apoyo familiar. Los determinantes de salud autoevaluada para las personas mayores en Bogotá varían, dependiendo de la discapacidad y estatus de las enfermedades crónicas. Por tanto, las políticas públicas con el fin de mejorar los niveles de salud y calidad deben considerar los efectos de aquellas características sobre las percepciones individuales de su propia salud.

La relación entre discapacidad y pobreza ha sido reconocida en la literatura desde los años noventa. La evidencia empírica que soporta la existencia de esta relación ha crecido en la última década, sin embargo, todavía no se ha determinado cuáles son los mecanismos que facilitan y participan en la creación de la correspondencia entre discapacidad y pobreza. El propósito de este artículo es explorar cómo los conceptos de discapacidad y pobreza se relacionan; igualmente analizar la bidireccionalidad de la relación entre estas dos condiciones, cómo esta mediada por la existencia de procesos de exclusión social y qué evidencia empírica existe en países en vía de desarrollo en Latinoamérica.

The relationship between disability and poverty has been recognised in the literature since the 1990s. Empirical evidence supporting the existence of this relationship has increased in the last decade; however, there is still a lack of knowledge of how these two conditions interact and what the causal mechanisms that participate in the creation of this relationship are. This article aims to explore how the concepts of disability and poverty are related and it analyses the bidirectional relationship between these two conditions, how it is mediated by social exclusion and what empirical evidence supports this relationship around the world and in Latin America (LA).